quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Sr. Carpinejar

Foi um verão infernal aquele de 1999. Eu caminhava pelas ilhas de calor que se formavam naquelas ruas sujas, rachando os miolos das pessoas e o concreto armado das paredes. Sendas de abismos se abriam na terra seca e o piche derretia sob os pés, dificultando ainda mais a mesma caminhada de sempre, tornando-a ainda mais pegajosa. O mundo nunca tinha sido tão quente como naquele maldito verão. Entre suores e fadigas brotavam brotoejas por todos os poros. Aquele clima propício para a proliferação de germes e bactérias era um prelúdio do que seria num breve futuro o inferno romântico das pessoas. Com um sol de quarenta e cinco graus na cabeça eu não conseguia pensar em nada. Céu ou inferno pareciam uma coisa só e algo me dizia que mesmo com o tempo bom ou ruim forças estranhas no mundo estavam agindo para a minha ruína.

João Fontes, segure a bronca, eu disse a mim mesmo. Não é hora de fraquejar. Tente colocar o trem nos trilhos. O que está acontecendo, vamos, pense! Deixe de preguiça, homem!

Lá estava eu em Paraisópolis, aos vinte e três anos de idade. Tinha acabado de terminar o supletivo do secundário e estava desempregado. Tinha uma aparência medonha. Meu rosto era salpicado de feridas, meus dentes eram tortos e meu nariz parecia uma gigantesca noz.

Eu era filho de um operário da industria de garrafas que estava desempregado há dois anos. Minhas roupas eram quase trapos. Não tinha nem um sapato decente. E minha mãe rezava todas as noites para que eu me aprumasse na vida.

Após abandonar a pobre propriedade paterna e sair em busca de alívio para o próprio sofrimento, atingi um grau considerável de decadência e miséria. Conseguira vestir-me de todo desejo, todo ódio e toda ilusão, tornando-me praticamente um inútil. Como numa casa de mau teto, onde as águas das chuvas, entram, numa mente confusa e vazia o desejo sempre entrará.

Porém guardava dentro de mim um segredo sobre o meu futuro. Algo que me livraria daquela penumbra financeira e moral. Pensava eu ter ainda uma carta na manga. Um truque sobre minha verdade que eu mesmo teria que descobrir se quisesse usá-lo a meu favor.

Em outros tempos eu talvez não hesitasse tanto em revelar minhas veleidades, mas agora eu envelhecia muito rápido por causa do calor e da vida miserável que levava. Eu tinha que economizar em tudo; em palavras, em sonhos, em energia, até em papel higiênico, se quisesse manter alguma dignidade.

As coisas pareciam não funcionar como deviam. O mundo parecia estar de cabeça pra baixo. Não conseguia entender como haviam tantos imbecis tão bem sucedidos no mundo. Os cretinos dominam o mundo em todas as áreas. Eu não era um completo idiota, sabia disso, não me achava um gênio, pois um resto de bom senso em mim o sol ainda não havia derretido. Mas eu era algo. Algo que não deveria ser totalmente desprezado pelo mundo. Assim como eu, devia haver milhares por ai. Todos sendo tragados pela rotina, a miséria e a obscuridade. Todos com algum truque na manga esperando a hora certa para dar a cartada final que viraria o jogo. Eperando a hora que nunca vem, enquanto sustentam o luxo dos cretinos com aparência de bem sucedidos.

Porém eu era do tipo a que não bastava elogios e honrarias póstumas. Sou mundano o bastante para aceitar em vida uma recompensa financeira. Se Deus quisesse me dar algo que fosse agora. Não me encontrava em condições de recusar um milagre. Precisava de um trabalho. Um do qual me sentisse digno de realizar. Algo que fizesse algum sentido para mim e que me pagassem razoavelmente por isso, por produzir algo relevante. Mas isso deveria acontecer aqui na terra e não no além. Todavia a coisa estava tão feia que eu aceitaria de imediato, literalmente, qualquer merda, até mesmo ser limpador de latrinas.

Procurar trabalho para mim sempre foi uma das piores coisas do mundo. uma das mais constrangedoras sub-atividades que o sistema impõe às ovelhas, quer dizer, às pessoas. Eu me sentia constrangido por ter que parecer educadamente servil e aceitar qualquer migalha para fazer algo que era quase sempre inútil e sem sentido.

Mas a fome não espera e a fivela do cinto não suportava mais furos, muito menos a dona da pensão admitiria que eu atrasasse mais um mês de aluguel. Então, mais uma vez, para remediar a situação, eu tive que me meter com essa gente. Tive que vestir uma máscara de interessado e partir pro jogo sujo de sempre. Mais uma vez era preciso adiar os sonhos e cravar unhas e dentes naquela triste realidade.

No dia seguinte deixei de almoçar para comprar o jornal. Com o estômago roncando, sentei-me num banco de praça e abri aquele jornaleco. Não pude evitar o pensamento de que havia desperdiçado um prato feito naquela idiotice, porém eu não podia me dar ao luxo de desperdiçar também o que já havia desperdiçado. Afastei esta perigosa reflexão da mente e pensei um pouco mais adiante. Fui direto aos classificados.

E então descobri que se vende e se compra de tudo na face da terra. O comercialismo definitivamente dita as regras no mundo dos cretinos. É eletrodomestico, televisor, automóvel, barco, motocicleta, piano, terreno, imóvel, orgãos vitais e até mesmo mulheres, sobretudo mulheres. Sem falar nos mais diversos serviços que nos são oferecidos como verdadeiros milagres. Oferecem-nos o mundo e o fundo sempre por uma pechincha.

Mais uma vez tive que me controlar para não desistir, além do calor terrível o mundo se tornava inóspito por diversos motivos e o comercialismo era um deles. Porém na situação em que me encontrava não poderia exercer meu senso crítico, pois eu precisava comer e pagar o aluguel.

Encontrei um anúncio que me pareceu bom. Uma vaga para ajudante de tipografia. O salário não era lá grandes coisas, todavia, naquele momento seria o mais perto que eu poderia chegar da literatura. Circulei o anúncio e no dia seguinte bem cedo vesti minha melhor roupa, que para muitos poderia ser pano de chão, e fui até o local indicado.

O lugar não era muito longe dali, porém eu teria que pegar um ônibus se não quisesse chegar lá todo suado, pois o sol estava de rachar. Emboquei no primeiro ônibus, que por sinal estava lotado. Tinha tanta gente amontoada lá dentro que algumas pessoas se penduravam nas portas. Pensei que seria terrível partcipar daquilo todos os dias pro resto da minha vida e quase saltei pela janela do ônibus em movimento. Foi quando percebi que haviam pessoas que aparentemente estavam em condições muito piores que a minha. É bizarro este pensamento, mas às vezes a desgraça alheia conforta a nossa. Pensei que deveria me concentrar na minha própria miséria e esquecer a dos outros se quisesse sair dela. Se eu não o fizesse quem o faria por mim?

Saltei do coletivo bem perto da tipografia, que mais parecia uma oficina abandonada. Entrei no recinto e lá estava um homem magro, sentado olhando para alguns papéis, óculos no nariz, ele parceia nem ter notado a minha presença e continuou o que estava fazendo. Eu pigarriei e ele levantou os olhos com algum desdém por debaixo dos óculos na minha direção. Bom dia, eu disse, vim para a vaga de ajudante de tipógrafo. Ele manifestou indiferença ao que me respondeu: não posso pagar muito e o trabalho é duro. Tudo bem, eu respondi, desde que aprenda alguma profissão. Ele me perguntou: você tem alguma experiência na área? Eu disse que não, mas que tinha boa vontade e facilidade em aprender, além do mais estava interessado pois necessitava por demais daquele emprego. Ele fez mais algumas perguntas e no final perguntou se eu sabia ler. Como assim? perguntei. Ele disse num tom jocoso: oras filho, sabe diferenciar um A de um Z? Ó sim é claro, eu disse. Pois bem a vaga é sua, Shakespeare. Pode começar amanhã, tire o resto do dia para acertar sua documentação e ir ao médico. Você precisa de um atestado de sanidade mental e fisica. Eu pensei: Mas que porra é essa? Disse: Porque eu precisaria disso? Bem, filho, é para sabermos se você é louco ou não, se está apto para o serviço. Mas o senhor não pode ver com os próprios olhos que estou apto? Não filho, não sou psiquiatra. Mas é que uma consulta médica custa caro e... Bem filho é pegar ou largar.

Sai dali puto com aquilo, como é que pode ser preciso que um homem tenha que atestar a sanidade do outro, oras se um sujeito não é capaz de saber sozinho se é louco ou não, já demonstra um certo grau de loucura. Por essa lógica quem é que garante se o cara que vai atestar minha sanidade não seja ele mesmo louco. Seria preciso um que atestasse a sua antes e outro que atestasse a do outro e assim por diante até que ficasse provado que a humanidade inteira estava apta para habitar o gigantesco hospício que seria o mundo.

Mesmo assim eu precisava do emprego e tinha que me submeter àquilo se quisesse continuar respirando e me arrastando por ai. Rodei a cidade inteira atrás do tal atestado. Em todo consultório que eu perguntava era a mesma conversa. Teria que agendar uma consulta para um clínico geral que me encaminharia para um psiquiatra e... todos eram mais caros do que eu poderia pagar. Eu teria que trabalhar um mês inteiro sem receber para pagar aquele papel. Pensei ser meio estranho que as pessoas tenham que pagar para conseguirem um emprego, se elas justamente precisam do emprego para poder pagar o que quer que seja. Talvez fosse preciso que muitas pessoas como eu fossem mesmo miseráveis para que fosse possível que o mundo dos cretinos funcionasse a seu modo.

Voltei para a tipografia sem o maldito papel. Pensei que se demonstrasse o esforço e o interesse que havia despendido em conseguir o tal papel já seria o bastante para inspirar alguma compaixão ao tipógrafo, mas de fato eu estava enganado.

Fui à diversas clínicas, são todas muito caras e eu não tenho dinheiro. Pois vá até um hospital público, o governo disponibiliza médico de graça aos pobres. Mas a fila é enorme e eles dão prioridade às emergências, eles vão rir da minha cara e vou ficar meses na fila de espera. Bem garoto, é isso ou nada. Não pode trabalhar comigo sem o atestado. É assim que a banda toca e você terá de dançar conforme a música se quiser fazer parte do show. Tá bem, mas não há outra forma de conseguir esse maldito atestado? Bem, olha aqui menino, eu não sei porque, eu não devia mas vou te dar uma colher de chá. Olha, toma esse papel aqui, vá até este endereço, na porta do prédio haverá um cara vestindo uma placa de vende-se ouro, diga a ele que quer um anel de quinze quilates e ele te levará até o cara que te fará o atestado por quinze paus, mais barato que isso não dá. Não diga nada sobre mim. Lembre-se, aconteça o que acontecer, bico calado. Mas se o senhor sabe que o cara vai me vender o atestado sem ao menos me examinar por que diabos eu precisaria desse papel? Oras menino, logo se vê que você não entende nada mesmo de negócios. É um documento. Uma garantia para nós dois. Mas que garantia? Só se for a garantia de que vou ter que vir trabalhar a pé durante duas semanas. Olha jovem, você não saca nada mesmo. Um documento carimbado e assinado com o timbre do cartório vale mais do que a própria realidade. Se você conseguisse um atestado de óbito nessas condições, eu o daria por morto ainda que me entreguasse o documento em mãos, entende? Não! como eu poderia entender uma coisas dessas?! Bem, se estiver interessado no emprego é assim. Mas... Sem mais, é isso e pronto.

Saí dalí injuriado, aquele homem devia ser louco, mas eu não estava mesmo em condições de questionar, fui direto para o tal endereço no centro e chegando lá segui as instruções dadas pelo tipógrafo.

Disse ao tal cara vestido com a placa que desejava um anel ... ele me olhou de cima em baixo meio desconfiado e me perguntou: Quem te mandou aqui? Eu respondi: você sabe, eu não posso falar. No que ele me pediu para que o seguisse até o segundo andar, onde ficava o suposto consultório. Subimos por uma escada em caracol e chegamos até a porta da sala do suposto médico. O prédio parecia estar abandonado. O cara me deixou na porta da sala, me pediu que aguardasse ali em silêncio e saiu. Oras, não havia ninguém por ali, será que ele pensou que eu iria conversar sozinho, às vezes faço isso mas nessas ocasiões costumo ser bem silencioso. Esperei uns quinze minutos até que a porta se abrisse e um homem que não se parecia nada com um médico me pedisse que entrasse. Sente-se, pois não? Quero um anel... antes que eu terminasse a frase ele pegou uns papéis na gaveta e começou a rabiscá-los a torto e a direito. Sem olhar para mim me fez algumas perguntas: O senhor tem alguma doença grave? Não. Tem algum vício? fumo cigarros. Ora isso não é vício, ele respondeu sorrindo. Você é louco? Se sou ou não, o senhor está aqui para responder a essa pergunta! Nada disso, está redondamente enganado, estou aqui para assinar esse papel e dar uma carimbada, esse é o meu trabalho. Ainda que você fosse mesmo louco com essa assinatura e esse carimbo estaria apto para governar o país. E soltou uma gargalhada tenebrosa. Vamos, você é ou não? Desconfio que estou ficando de uns dias para cá, respondi. Bem filho, um pouco de loucura é sempre bom. Assinou o papel, carimbou e o empurrou arrastando-o pela mesa na minha direção. São quinze pilas, dinheiro vivo, de preferência uma nota de dez e uma de cinco. Peguei o papel nervosamente, atirei o dinheiro em cima da mesa e dei o fora dali.

Bem, já era tarde, no outro dia eu iria ter com o tal homem na tipografia, munido do maldito atestado. Só fiquei imaginando o que seria desta vez...

No dia seguinte tive que ir a pé até a tipografia, debaixo de um sol escaldante, caminhei durante quarenta minutos dentro daquele forno aceso que era aquela velha cidade suja. Lá chegando pude notar que a porta estava fechada e que havia uma placa de aviso com letras miúdas. Achei estranho e me aproximei para ler o que estava escrito: Por motivo de força maior hoje não posso atender, em caso de emergência arrombe a porta. Apesar de estar puto com aquela estória, não pude conter o riso ao ler aquilo. O cara devia ser mesmo louco, onde fui me meter, eu pensei. Balancei a cabeça, tirei o atestado do bolso e pensei: continuo desempregado e quinze paus mais pobre. Rasguei o papel em mil pedaços e os atirei no passeio público, pensando, tomara que entupa os boeiros e encha essa cidade de merda de uma vez.

Fui para casa e fiquei pensando naquilo (Andava pensando demais pro meu tamanho). Pensei que daria uma boa estória. Peguei papel e caneta, sentei-me e comecei a escrever mais ou menos a realidade sobre o que havia sucedido. A coisa fluiu bem até emperrar no final. Percebi que o desfecho não fazia nenhum sentido e decidi que voltaria à tipografia no outro dia para esclarecer o caso.

No outro dia bati de novo até lá, mais uma vez caminhando no inferno daquela cidade. Aquele verão parecia eterno. Um aviso interminável de um apocalipse próximo.

Dessa vez a porta estava aberta e o homem estava lá sentado analisando seus papéis como no primeiro dia.

- Ei cara, escuta aqui, você pensa que eu sou trouxa ou você é mesmo um doido varrido?
- Nem uma coisa nem outra, porque?
-Isso aqui é mesmo uma tipografia? você é mesmo um tipógrafo?
- Claro que não, você está vendo por aqui alguma prensa ou alguma maquinaria que faça disso uma tipografia? isso é só uma oficina abandonada, pelo jeito você nem sabe o que é uma tipografia. E eu não sou tipógrafo nem aqui nem na China.
- Oras, então porque colocou aquele anúncio?
-Sim eu coloquei, mas estou arrependido, vou mandar tirar hoje mesmo aquela merda. Vocês compram o jornal, lêem os classificados, encontram o anúncio, vêem até aqui e ainda eu é que sou louco?
- Mas porque diabos colocou o anúncio? Se você não é tipógrafo, o que é?
- Sou um terapeuta literário, devolvo a inspiração aos escritores, mas pelo jeito estou vendo que você é só um aspirante, não posso devolver a uma pessoa algo que ela nunca teve. Só me aparecem amadores por aqui...

Mais uma vez apesar de querer estrangular aquele cara não pude evitar o riso.

-Tá bom então, você é um terapeuta literário que devolve a inspiração aos escritores e como você pensa que faz isso?
-Eu simplesmente boto o anúncio, eles vêem até aqui e eu os oriento como posso. Dou a eles a chance de descobrirem um motivo para escrever. Executo neles uma espécie de desbloqueio criativo.
- Você é um falsário isso sim!
-Olha filho, você me parece um rapaz inteligente e bem capaz de compreender o que vou lhe dizer. Eu sou um velhote meio burro, que mal sabe escrever, mas tenho tino pros negócios, tenho visão e experiência de vida o bastante para orientar quem não sabe o que quer. Esse é um dom divino, tenho que usá-lo a meu favor, concorda?
- Mas isso é enganar as pessoas!
- Não senhor, meu negócio é limpeza. Eu dou às pessoas o que elas procuram e elas me gratificam como podem. Não obrigo ninguém a vir até aqui.
-Tá mas e a estória do atestado, que merda é essa?
- Bem, como você pôde constatar eu não cobro pela consulta e um homem na minha idade precisa livrar o seu de alguma forma.
- Então você está de conxavo com aqueles falsários?
- Eu prefiro dizer isso em outros termos. Digamos que naquele prédio funciona uma extensão do meu negócio e que aqueles camaradas são meus sócios.
-Voce é um grandessíssimo filho da puta, isso sim!
- Bem filho, minha mãe nunca foi puta, ela era cafetina. Apenas herdei dela o talento pros negócios.
- Eu não sou nenhum escritor querendo de volta sua inspiração, sou um miserável desempregado que por desespero e fome se meteu numa roubada, quero meu dinheiro de volta.
- Bem filho, infelizmente não trabalhamos assim por aqui, mas se você está descontente com nossos serviços, simplesmente me entregue o que você escreveu e eu te darei um trabalhinho na firma.
- Não quero trabalhar pra você seu velho agiota. Sou pobre mas sou honesto, não quero viver de enganar as pessoas necessitadas.
- Tá bem, então apenas me entregue o que já escreveu e eu te devolvo os teus quinze paus.
- Mas como pode ter tanta certeza assim de que eu escrevi algo?
-É batata filho, o metodo com que trabalho é infalível. Se o cara for escritor ele vai escrever.
- Tá, eu confesso que escrevi algo sobre isso, mas a estória ficou sem um desfecho e...
- Ah, sim, eu já sabia, por isso voltou, você quer um final para o seu conto, porque não disse antes...
- Eu vim por curiosidade, mas mais pelo dinheiro.
-Quer um final ou o dinheiro?
- E você seria capaz de me dar um final?
- sim, claro, você deve saber mais do que eu de que uma boa estória deve acabar bem. Deve no mínimo ter um final impactante, surpreendente e satisfatório.
- Sim, talvez...
-Mas um grâ finale custa caro.
-Oras, eu sabia, depois de tudo isso o sovina ainda quer levar as minhas calças!
- Não, mas talvez somente o recheio...
- Vá te fuder seu velho tarado!
- É o preço da glória! risos
- Olha aqui, o senhor que vá tomar no seu rabo, o leitor que me perdoe, mas eu não dou mesmo para escritor, adeus!

5 comentários:

  1. Cada vez mais próximo daquilo q chamam por aí, de amadurecimento literário.

    Cada vez melhor!

    Jú Mancin

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  2. cretino ou imbecil... o q vc prefere? rs...SAUDADE JA! VORTA!

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  3. Cade vc???? Nao escreve, nao liga, nao manda telegrama... saudadona

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  4. .

    Só me falta um muito dessa tua sagacidade
    essa paixão, essa coisa que me faz ler e pensar: puta-que-o-pariu-que-fudido!

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